domingo, 21 de junho de 2009

risadas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A internet shameless e a cybersabotagem social

A ordem do momento é estar conectado, todo mundo sabe. Hoje, você é capaz de informar a um mar de desconhecidos o que acontece na sua vida, a todo o momento, em módicos 140 caracteres. Pelo seu celular você envia mensagens diretamente da fila do supermercado, do banco, do restaurante e, porque não, do banheiro naquele momento particular de nobreza.
Tudo aquilo que você nunca quis saber, tudo ali reunido, rapidinho, instantâneo, pra todo mundo ver. Compartilhar até aquele momento em que você não tem nada, absolutamente nada a compartilhar.
Toda essa mania de conectividade leva as pessoas a realmente se superarem em busca de um sinalzinho oculto. Não é preciso ir até a internet, ela vem até você, sem custo algum. É o que eu chamo de internet shameless.
O tio do lado se mata pra acessar o resultado da loteria esportiva no site congestionado, xinga toda a estrutura da Caixa Econômica Federal, acusa desde o presidente até a cunhada que trabalha na agência da cidade do interior, de corrupção. Fala pra Deus e o mundo, que o site está lento assim porque o dinheiro que deveria ser gasto na melhoria do portal vai pro bolso desses pilantras, safados, #@*¨! gastarem com mulherada e whisky. Quando, na verdade, você está sentado na sua mesa, um andar acima no prédio ao lado, de cueca, tomando cerveja e baixando o filme novo das Brasileirinhas, dolby-surround-high-definition de 5 gigabytes, só pra não perder nenhum detalhe.
Isso, meus amigos, é cyber-sabotagem social, sem-vergonhice virtual da braba. O camarada não se acanha, já que é pra tomar conta da banda do vizinho, que seja algo grande, digno de contar pros amigos.
O sujeito é capaz de gastar R$146,00 numa anteninha para melhorar a captação do sinal, pela simples possibilidade de passar o rodo no sinal do vizinho. Cento e quarenta e seis reais. Achei esse artefato que permite compartilhar o sinal do vizinho sem custo algum, supondo que, por uma eventualidade eu possa precisar. (- Não, não... Mentira, esse é um blog que faz mea-culpa, assume a sabotagem. Tô de olho em um sinal aí.)
Mas vejam bem, cento e quarenta e seis reais é dinheiro; digo, com essa grana daria pra pagar alguns meses de assinatura de internet, mas não, ser brasileiro é se aventurar em busca da mordomia gratuita.
Sábado à tarde, seu telefone toca, é um amigo que mora no seu prédio: “-- Cara, você não vai acreditaaaaaar, baixei o BOX COMPLEEEEETO do Lost, até aquele disco de extras, caaaaara. Mas a maior você não sabe. Descobri a senha do vizinho!” A conversa fica ainda mais animada e o esperto corre pra postar essa maravilha de notícia no twitter.
Enquanto isso na casa do vizinho, a mãe tenta ver o filho pela webcam, mas consegue enxergar só um borrão redondo no centro da tela. Gasta mais uma fortuna de ligação internacional, mas de qualquer maneira, suaviza: “Importante é que você está sadio, parece até que engordou. Se Deus quiser, da próxima vez a conexão ajuda”
Na falta de capacidade a pedida é levar vantagem e compartilhar.
Então, nesse novo tempo de modernidade, cuidado com o que você não vê, tome conta do seu patrimônio invisível, porque daqui a pouco vão captar até o seu pensamento.

terça-feira, 16 de junho de 2009

teste

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